Os condrossarcomas são o segundo tumor maligno primário do osso mais frequente.
Acomete adultos, mais frequentemente após os 40 anos de idade.
As localizações mais frequentes de acometimento são o fêmur proximal (região do quadril), úmero proximal (região do ombro), bacia e escápula.
Existem diferentes tipos, mas a grande maioria é o tumor cartilaginoso central atípico ou condrossarcoma grau I.
A sintomatologia e os sinais dependerão do tipo, grau histológico e extensão do tumor.
No condrossarcoma grau I, pode ser inicialmente assintomático ou oligossintomático, e o achado do tumor ser incidental após a realização de exames de imagem por trauma ou exames de rotina.
Quando apresenta sintomatologia, o sintoma mais frequente é dor; e em alguns casos aumento de volume local.
A radiografia traz informações características para o médico, com a presença principalmente de calcificações típicas desse tipo de tumor.
Exames complementares de tomografia computadorizada e/ou ressonância nuclear magnética podem ser solicitadas para melhor avaliação local e exames de estadiamento como cintilografia óssea de corpo total e tomografia computadorizada do tórax.
Pode ser indicada pelo médico a realização de uma biópsia, para a confirmação diagnóstica. Neste caso, a biópsia na maioria das vezes é realizada por agulha grossa, e guiada por algum método de imagem. Neste procedimento, fragmentos de tecido da lesão são removidos e enviados para a análise ao microscópio pelo patologista. Este procedimento de biópsia deve ser idealmente realizado no serviço e pela equipe que fará o tratamento do paciente, para que haja um adequado planejamento para a cirurgia futura de ressecção do tumor. Nesse planejamento, a região da biópsia que contêm implante de células tumorais ao seu redor, deverá ser incluída na ressecção.
Quando indicado tratamento, ele é essencialmente cirúrgico. É fundamental que a cirurgia seja realizada por profissional experiente nesse tipo de procedimento, para que se obtenha resultados adequados em relação à remoção do tumor, diminuindo assim, os riscos de recidivas. E, para que o melhor método de reconstrução seja realizado, seja através de enxerto, cimento cirúrgico ou endoprótese.
Em algumas situações pode estar indicado quimioterapia e radioterapia, geralmente nos tipos histológicos desdiferenciado e mesenquimal.