O osteocondroma é um tumor benigno que se projeta a partir da superfície óssea e é revestido por uma capa cartilaginosa. É um dos tumores ósseos benignos mais comuns.
Os ossos mais acometidos são o fêmur e tíbia, ao redor do joelho. Outras localizações também comuns são o úmero proximal (região do ombro), fêmur proximal (região do quadril), escápula e bacia.
Alguns pacientes possuem alterações genéticas que favorecem a formação de vários osteocondromas (osteocondromatose múltipla ou exostose múltipla hereditária). Nestes casos, os pacientes possuem vários osteocondromas pelo corpo, associados a deformidades e baixa estatura. Existe o risco de seus descendentes desenvolverem a síndrome.
A possibilidade de transformação maligna deste tumor embora rara pode ocorrer em cerca de 1% dos casos de osteocondromas solitários e 5% nas osteocondromatoses múltiplas.
Os osteocondromas, muitas vezes são assintomáticos, e são identificados incidentalmente com exames de imagem por algum trauma ou exame de rotina.
Quando apresentam sintomatologia, o mais comum é a presença de uma massa de consistência dura.
Em algumas situações, pode haver dor devido ao atrito do osteocondroma nos tendões ao redor, durante os movimentos.
De forma menos comum, pode ocorrer compressão do feixe vasculonervoso, com alterações do pulso, perfusão e sensibilidade.
A radiografia simples evidencia as características típicas do osteocondroma, e normalmente é suficiente para a suspeita diagnóstica.
A ressonância nuclear magnética pode trazer informações a respeito da espessura da capa de cartilagem e relação do tumor com o feixe vasculonervoso.
A conduta na maioria das vezes é de acompanhamento clínico e com exames de imagem com o médico especialista.
O tratamento cirúrgico está indicado nos casos de sintomatologia por atrito mecânico, quando ocorre fratura do osteocondroma, compressão de estruturas vasculonervosas ou transformação maligna.